Monday, December 19, 2005



Filmes de Natal

Tendem a fazer-nos acreditar em milagres que nunca acontecem (sobretudo nesta quadra agridoce) mas nem por isso os dispensamos da parafernália com que nos dispomos a festejar a data. Um dia destes, mando tudo às «urtigas» e faço como o meu querido amigo Cristóvão que, decidido a viver um Natal que realmente faça algum sentido, parte hoje mesmo para a Guiné-Bissau. Enquanto esse dia não chegar, vou-me deliciando com esta pequena selecção de películas adequadas à saison:
5. E.T, de Steven Spielberg - Não é exactamente um filme de Natal, mas calha muito bem em qualquer cabaz cinéfilo que se preze. O laço estreito entre E.T e o pequeno Elliott fazem-nos acreditar que um abraço sentido é mesmo a melhor prenda.
4. Sintonia de Amor, de Norah Ephron - A aclamada história de amor protagonizada por Meg Ryan e Tom Hanks começa numa noite de Natal quando ela, prestes a casar, se interroga sobre o que está a fazer da sua vida. Eis senão quando uma voz na noite a desperta para o sonho de um amor maior do que a vida.
3. O Estranho Mundo de Jack, de Tim Burton - O realizador Tim Burton criou um mundo onírico muito seu, que tem neste filme de animação um dos seus pontos altos. Para rever enquanto se espera pela nova animação de Burton, A Noiva Cadáver, que, em Portugal, estreia na próxima quinta-feira.
2. Fanny e Alexander, de Ingmar Bergman - Quem disse que os filmes de Natal têm de entrar invariavelmente na categoria «entretenimento»? A acção do filme de Bergman começa numa noite de Natal, tal como era vivida por uma abastada família sueca no princípio do século XX, e prolonga-se como uma obscura narrativa de amor e morte ao longo das suas cerca de três horas de duração.
And the winner is...
1. Do Céu Caiu uma Estrela, de Frank Capra (ver imagem)
É o filme de Natal mais citado em antologias e ciclos. Com inteira justiça, refira-se. Em 1946, Frank Capra realizou uma história de perda e redenção, protagonizada por James Stewart e Donna Reed, à frente de um brilhante elenco de actores (injustamente tidos por) secundários. Quando a George Bailey (a personagem de Stewart) tudo parecia injustiça e ingratidão, acontece o mais belo dos milagres de Natal. Um anjo salva o homem, mas a inversa também é verdadeira. Graças a tal acto de resgate, Clarence, um candidato a anjo com 200 anos de idade, conquista, finalmente, as suas asas e ascende à dignidade celestial.

2 comments:

said...

Que boa escolha, parece-me que vi todos.
Tem uma relação especial com o ET, deve ter sido o primeiro filme em que chorei, com uns 6 anos! Mal tinha acabado de ler..

Patrícia Rocha said...

Neste caso, venho o "diabinho natalício" e... escolha! *risos*

Bejos, querida.