Recordar Maria Ondina Braga
De tanto trabalhar em estreito convívio com novidades literárias, canso-me na generalidade das livrarias portuguesas. Ainda ontem, domingo, me aconteceu isso mesmo na Bertrand do Chiado, cujos fundos estão praticamente reduzidos à literatura light, tida por adequada à saison, ou a obras lançadas em Portugal nos últimos três meses. As excepções a esta regra são livrarias que (re)visito com uma sensação de encantamento - a Livr'arte, em Benfica, e a Galileu, em Cascais - ali estão as novidades, claro, mas também obras, nacionais ou estrangeiras, com anos de «vida». Foi, aliás, na Galileu que encontrei, há alguns dias, um lindíssimo livro de Maria Ondina Braga intitulado A China fica ao lado. Publicado em 1974, o volume reune pequenas crónicas e contos ambientados em Macau e recorda, a quem já o esqueceu (e são muitos, infelizmente), a vivacidade de escrita e o agudo sentido de observação desta escritora que morreu pobre e amargurada. Leio-a no comboio quotidiano que tomo para o «ganha-pão» e consigo vislumbrar a China na linha do horizonte.
De tanto trabalhar em estreito convívio com novidades literárias, canso-me na generalidade das livrarias portuguesas. Ainda ontem, domingo, me aconteceu isso mesmo na Bertrand do Chiado, cujos fundos estão praticamente reduzidos à literatura light, tida por adequada à saison, ou a obras lançadas em Portugal nos últimos três meses. As excepções a esta regra são livrarias que (re)visito com uma sensação de encantamento - a Livr'arte, em Benfica, e a Galileu, em Cascais - ali estão as novidades, claro, mas também obras, nacionais ou estrangeiras, com anos de «vida». Foi, aliás, na Galileu que encontrei, há alguns dias, um lindíssimo livro de Maria Ondina Braga intitulado A China fica ao lado. Publicado em 1974, o volume reune pequenas crónicas e contos ambientados em Macau e recorda, a quem já o esqueceu (e são muitos, infelizmente), a vivacidade de escrita e o agudo sentido de observação desta escritora que morreu pobre e amargurada. Leio-a no comboio quotidiano que tomo para o «ganha-pão» e consigo vislumbrar a China na linha do horizonte.
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