Noite de Santo António, noite de Lisboa
É, entre todas as noites festivas, a que prefiro. Não que tenha qualquer paixão gastronómica por sardinhas, mas a cidadania de Lisboa está-me nos genes (pertenço a uma das poucas famílias que tem, pelo menos, quatro gerações consecutivas de nados na cidade) e, como tal, esta noite em que se troca uma proverbial melancolia por música e balões coloridos tem o dom de me comover.
Gosto da confusão de Alfama, das bancas que vendem arroz doce, dos toscos tronos a Santo António, dos mangericos viçosos que, chegados a casa, duram poucos dias, do deslumbramento dos turistas.
E gosto muito daquilo em que a lenda popular transformou um doutor da Igreja.
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